quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Laranja Mecânica
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Um puta mano, tá ligado?
Por cerca de uma hora e meia ele respondeu a perguntas feitas pelos entrevistadores convidados como o escritor e roteirista de "Cidade de Deus", Paulo Lins, a psicanalista Maria Rita Kehl, e o editor Paulo Lima, da "Trip".
MANO BROWN: Acho que o rap americano é mais evoluído, eles alcançaram um lugar onde eles deveriam estar mesmo, hoje eles usam a favor deles, eles usam a máquina, a máquina é podre e eles estão fazendo, já que é podre e não vai melhorar eles fazem o dinheiro vir para o lado deles. A gente sabe.
MANO BROWN: Eu não estou na fase de exigir um controle de rap esse discurso social. O rap é um músico, acho que ele tem que falar de sociedade o que ele sente. Se não sente não tem que falar, não é porque é rapper que tem que falar de problema crônico, sociedade e tal. Acho que o cara tem que ser livre, o compositor, o letrista.
Você não pode chegar, pegar o moleque que está agora começando dentro da casa dele, num cômodo e jogar: Fala desses problemas aqui que é a sua cara. Jogar um fardo de 200 quilos nas costas do moleque sendo que dentro da casa dele ele não tem o mínimo para ele. Entendeu? Ele tem que lutar pela vida dele, e o rap é isso também, é lutar pela sua própria vida também, individual, lutar pela sua sobrevivência.
MANO BROWN: Se é para negar todas as drogas, nega todas. Entendeu? Para acabar a hipocrisia.
JOSÉ NÊUMANE PINTO: Você é a favor de legalizar?
MANO BROWN: Eu não sou a favor de nada, sou a favor que todo mundo vivesse bem e não precisasse de droga nenhuma para entender nada. Você conseguisse entender o mundo que você vive sem usar nada. Eu sou a favor disso. Mas quando você passa a não entender o mundo que você vive, você recorre a alguma coisa, quem sou eu para dizer que ele é isso, ele é aquilo, ele é B, C, traficante, usuário, eu não sou ninguém, meu. São situações. Você vive numa situação hoje que você está bem. Você é jornalista, você opina, você fala. Forma opinião. Amanhã você não sabe, mano? A vida é assim. Então a gente aprendeu isso. A vida é assim. Você está legal, amanhã você não sabe.
Você pode estar no beco dos tristes lá. Tá ligado? Você pode estar lá!
Então, os tristes estão lá no beco, vamos ver o que é que eles estão pensando em vez de recurso minar, falar que eles são o lixo ou falar que... né? Vamos lá ouvir o que eles, por que é que eles não se adaptam a nada, eles não gostam de nada? Por que é que eles preferem esse caminho e não o outro que vocês insistem que tem que ir?
Aparentemente o lado rico da sociedade está entrando através das organizações não‑governamentais etc.
Primeiro, eu queria saber se você está nas ações delas. Segundo eu queria saber se você acha que a motivação é deliberada, é uma tomada de consciência ou é mais culpa e medo?
Eu tenho, por exemplo, assim, por exemplo, tem lá no Capão tem a casa do Zezinho, certo? Que eu já visitei, conheci, conheço a tia dali. Uma pessoa que a gente vê o trabalho. A gente vê que ali não tem porque estar fingindo, porque estar querendo. O mundo dela é aquele ali mesmo, ela quer aquilo ali mesmo. Os troféus dela está ali mesmo. A gente vê. Eu não vou lá todo dia eu sei que é assim.
Então, eu acredito que existem pessoas realmente que estão a fim de mudar, de participar e fazer a mudança. Existe. No Capão se eu falar que o capão é um lugar desassistido, eu vou estar mentindo. É o lugar talvez hoje dentro das periferias de São Paulo um dos lugares mais assistidos por, organização não‑governamental, por movimento. De vez em quando está com câmera no capão falando francês e inglês, o que está acontecendo aí.
E a criminalidades caiu lá completamente.
Sim, pergunta por quê? Porque a comunidade ajudou. A comunidade que faz acabar a violência, a polícia não faz.
Pô, não tem isso, não tem aquilo. Você pegar fim de semana no parque, fala daquilo ali.
E a nossa classe, que tinha que ter elegido ela, a gente estava dividida.
Mas, todo mundo sabia que a Marta ia fazer a diferença. Mas votou contra.
Tá ligado? É um tipo de revolta que eu não entendo. Eu falei: Eu cheguei a discutir com os caras, como assim você vai votar no Serra, mano? Como assim?
MANO BROWN: Não, meu filho vai no CEU, meus sobrinhos vão no CEU, meus priminhos vão no CEU.
MANO BROWN: Acho importante. Acho que o movimento negro está na vanguarda porque o ensino deveria ser realmente gratuito para todos e os negros estão na linha de frente nessa parte aí eu acho que politicamente nós estamos mais adiantados. Porque, na verdade, o ensino é... faculdade, a faculdade, o ensino superior, ele deveria ser gratuito. Na minha visão. Porque há países que, Cuba deixou de ser Nova Iorque para ser pelo menos Cuba.
Brasil não, quer ser Nova Iorque. Então, a gente esquece de fazer as coisas mais simples, como dar condições para as pessoas serem o máximo que elas puderem ser. E não tentar ser francês.
Tipo assim, se você dá condição para o brasileiro ser um homem no mundo, não digo só dentro do Brasil, dá condições de um homem comum brasileiro ter uma faculdade e ele ter um ensino superior, um ensino decente. Vai ser superior, eu digo um ensino, uma cultura que ele vai poder concorrer né... no mundo, né? No mercado do mundo, né, pelo emprego dele, você vai ter um país forte. Você vai ter um país bom. Se todas as pessoas tiver o ensino.
A partir do momento que você renega o ensino para a grande maioria e deixa uma minoria no poder perpétuo, trocando de pai para filho na mesma cadeira. Só trocando as pessoas, a família continua a mesma, os donos, entendeu?
Então, eu acho que isso faz o Brasil perder. Quando todos tiverem condições de ter um ensino, o Brasil vai ser, vai crescer, o Brasil todo. Entendeu?
Então, a cota para negro, eu acho que deveria mudar esse termo, porque na verdade o movimento negro lançou um desafio para o governo cabuloso, porque o Brasil deve para os negros muito. Deve muito. Mas não deve só a faculdade, deve muito mais.
A faculdade é só um detalhe. O ensino para que os negros possam competir de igual no mercado mundial, não digo nem brasileiro, mundial, por que não disputar um emprego com um cara lá na, em Paris, por que não?
Os ricos, eles mandam os filhos estudar fora, né? Entendeu? Não manda? E por que também a gente não poderia disputar um emprego fora, ou dentro, ou qualquer lugar? Desde que você tenha condições de disputar. Quando você não tem condições, aí você se torna um problema. Entendeu?
Então, a cota para negro é o mínimo.
MANO BROWN: Deveria ser igual, lógico, eu não vou falar eu sou isso, eu sou socialista. Eu sou eu. Mas, por exemplo, eu penso assim, não deveria faltar comida para uns e sobrar para outros. Tipo, eu fui para o exterior, já viajei para fora. Eu vi os caras jogando prato de comida fora assim. Duas colheradas e joga fora. Eu falei para o cara, no Brasil isso alimenta duas famílias, ele falou: Irmão, aqui é Nova Iorque.
MARIA RITA KEHL: Mas aqui também se desperdiça muito.
MANO BROWN: Mas tem gente que pensa que está em Nova Iorque. É o que eu falo. Eu acho que o grande problema do Brasil é que a gente nunca se aceitou nem como Brasil direito.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Admirável Mundo Esportivo
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Momento Cidadã
Vedetes do Senado
(Folha de S. Paulo, 13 de setembro de 2007)
Refrescando a memória
A absolvição de Renan Calheiros (PMDB-AL) deverá reforçar a onda política que pretende acabar com sessões e votos secretos no Congresso.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Wish list (setembro)
Maaaas... se o consumo passa com a falta de dinheiro e com um pouco de consciência sustentável... os desejos, não!
Eis a nova lista:
Esmaltinhos de cores absurdas!
Biquíni para começar o verão
Bolsa de nylon
Colete - que pode ir além do desejo
All Star amarelo - dependendo da boa vontade do namorado!
Manhê, eu quero um Iphone
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Nouvelle Vague veio ao Brasil
EMMY 2007
Desabafo
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Quando chega iluminando..."
E hoje eu acordei sorrindo, lembrando que já havia acordado de manhã (quase madrugada) quando você abriu a porta já de banho tomado e sorriu para minha preguiça. Arredou a cama debaixo, vestiu-se na mesma ordem e foi tomar café. Voltou e disse alguma coisa do pão, não lembro bem. Ficou feliz por eu não conseguir abrir os olhos e veio me dar o aconchego final.
Acordei e lembrei de ontem, que não foi nada diferente de todos os dias. A mesma graça de sempre ao escovar os dentes ritmados, os dois travesseiros incompatíveis com minha cama de solteiro, o copo d’água em cima da cômoda.
Apagaram-se as luzes, em alguns instantes, você estaria dormindo e eu querendo falar só mais um pouquinho. Como se não soubéssemos que sempre há alguma coisa por fazer, que nos fará levantar, despertar e atrapalhará nossa troca de calor que já estava quase em equilíbrio.
Agora sim. Você fecha os olhos, abre os braços, coloca minha cabeça no seu peito e dorme sorrindo. Eu, imóvel, fico ali, até a hora do sono chegar. Viro pro lado e sonho. Sonho com você sempre ao meu lado.
Te amo.
P.S.: Peço desculpas a quem já leu lá!!!
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
VERGONHA NACIONAL
O filho pródigo
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
A vida parou ou foi o automóvel?
My dear Cat
"Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep dust
Melt me down
Into big black armor
Leave no trace of grace
Just in your honor
Lower me down
To culprit south
Make'em wash a space in town
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleeping
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
Two fists of solid rock
With brains that could explain
Any feeling
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleeping
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust"
Vida Perfumada
domingo, 9 de setembro de 2007
Já?
Quatro dias, cinco cidades. Com as células adiposas quatro vezes maiores que seu tamanho normal, eu retorno pra casa.
E não retorno feliz. Acho que está chegando a hora de sumir.
(Itália? Austrália?)
Florianópolis - SC
Doida para não chegar amanhã e meus controles externos, educações corporativas e direitos diversos de brinde.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Samba Infinito
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito"
terça-feira, 4 de setembro de 2007
'BRAZIL´S NEXT TOP MODEL'
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
We are the world
POr mais polêmico que seja o contexto dessa gravação (USA for Africa), não há como negar a beleza desse video.
"We can't go on pretending day by day
That someone, somewhere will soon make a change...
So let's start giving"
Tried to make me go to rehab
I said no,
No, no, no!
No, no, no!
I said no.
E volta a moda dos tóxicos!!!
Christiane F. voltou a inspirar o way of life das "celebs"!
A decadência é fashion e ninguém quer saber de rehab!!!
E como não podia deixar de ser, aqui, a loucurinha virou status quo...
A confeitaria já não é mais diferencial para quem se candidata à modernidade.
Vejo até no convívio familiar!
Tem que ser mais punk, tem que ser mais rock'n roll.
Jimmy Hendrix e Kurt Cobain. Dá-lhe cocaine.
Quem vai ser homem?
Acho que as mulheres.
Hã... e aí?
E aí que essa história me dá uma preguiça tremenda.
Sou absolutamente indiferente ao uso ou não uso de entorpecentes.
O que me incomoda muuuuuooooooito é ouvir dos usuários reclamações sociais ou discursos hipócritas. (discursos com menor frequência, devido à alienação social desses agentes).
A violência que promove o caos social é decorrência de dois fatores interrelacionados:
1. da desigualdade de classes;
2. do tráfico de drogas, que por sua vez fomenta e financia o tráfico de armas;
Assim, consumidores contribuem e MUITO para o aumento dos gastos com segurança pública ao invés de educação... Kate Moss, apesar dos conselhos fashions, faz meu mundo muito pior. E meros mortais que não acrescentam nada na minha vida também.
Pelo menos os amigos me proporcionam alguma diversão...
Em outro post abrirei a discussão Legalize it. (adianto que sou plenamente a favor).